Nunca fui muito fã de ter o auto-controle necessário para dominar a si mesmo a ponto de renunciar todas as vontades próprias. Sigo e confio no meu bom senso, e na forma de como a vida se mostra, algumas vezes, generosa comigo.
O fato é que nada vem fácil, mas tudo vai fácil demais. Não é só o que vem fácil. O que vem difícil também vai fácil. E saber manter, saber esperar, saber se controlar, saber dominar o mundo na palma das mãos sem se estressar e acabar jogando tudo pro alto é uma arte.
Nunca vi ninguém dizendo que adora esperar. Eu não adoro. Você? Também não, acredito eu. E nessas horas em que não há outra coisa a fazer a não ser ficar calma, o jeito é esquecer nossas tentativas. Se tivessemos uma pilula, uma substância química que propiciasse o esquecimento seria mais fácil. Não temos. É preciso seguir o caminho mais difícil. Porque tudo vem difícil e vai fácil.
Mas e o que construímos internamente? Aquilo que pode até ir fácil, mas também costuma ser algo enraizado, que fica para sempre? Será que vocês estão me entendendo? Estou falando de costumes. Esses sim, dificilmente vão embora. E saber esperar deveria se tornar um costume, um hábito, fácil, leve, pleno.
Esperar. Afinal, tem algo mais fácil do que esperar? Consiste em não fazer nada! Absolutamente nada. Apenas sentar e olhar a paisagem. Metaforicamente, a paisagem pode ser a vida. Veja sua vida. Sente, se quiser. Mas você pode esperar lendo, andando, conversando, trabalhando, qualquer outro jeito, tanto faz. O legal é saber esperar.
Enquanto vocês esperam, eu espero também. Boa espera.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
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